top of page
Foto do escritorFernanda Preto

A Revolta do Corpo: Um Caminho para a Autoaceitação através da Fotografia Terapêutica

"A Revolta do Corpo", um conceito que eu sempre retorno do livro de Alice Miller.

Nosso corpo nunca mente. Essa é uma verdade fundamental que muitas vezes tentamos ignorar. Quando enfrentamos um enorme conflito em relação à nossa autoimagem, é porque algo muito maior está acontecendo dentro de nós. Existe um choque profundo entre o que realmente sentimos e o que gostaríamos de sentir, e esse conflito interno se manifesta externamente, na forma como nos vemos e como somos vistos pelo mundo.


O corpo guarda as marcas dos nossos traumas e experiências, mesmo quando a mente tenta esquecê-los. As tensões musculares, as dores inexplicáveis, as doenças recorrentes, tudo isso são sinais de que nosso corpo está revoltado, clamando para que prestemos atenção às feridas internas que temos ignorado por tanto tempo.


Vamos imaginar uma pessoa que passou por um trauma severo na infância. Talvez ela tenha experimentado abandono, violência ou perda. À medida que essa pessoa cresce, ela pode carregar consigo uma dor constante nos ombros, como se estivesse sempre carregando um peso invisível. Essa dor é a manifestação física de uma memória que o corpo não consegue liberar, porque a mente se recusa a enfrentá-la.


Outro exemplo é o de alguém que desenvolve problemas crônicos de estômago. Essa pessoa pode ter vivido anos de repressão emocional, engolindo suas próprias palavras, sentimentos e desejos. O corpo, em sua sabedoria silenciosa, começa a manifestar essa repressão através de dores e desconfortos, tentando sinalizar que algo precisa ser expresso, que há uma verdade interna sufocada que precisa ser liberada.


Essas manifestações físicas são reveladoras. Elas nos mostram onde estamos feridos, onde precisamos de cura. O corpo fala o que a mente não quer dizer. E é nesse ponto que entra o trabalho em autoimagem. Trabalhar a autoimagem não é apenas sobre como nos vemos no espelho, mas sobre como entendemos e processamos nossa história, nossas emoções e nossos traumas.


A fotografia terapêutica é uma ferramenta poderosa para construir essa ponte entre a dor e a cura. Ao nos vermos em imagens, começamos a perceber as histórias que nosso corpo conta. Cada postura, cada expressão, cada detalhe revela algo sobre nossa jornada interna.


A fotografia terapêutica nos permite externalizar aquilo que muitas vezes não conseguimos colocar em palavras. Por exemplo, ao observar uma foto de si mesma, uma mulher pode notar uma tensão nos ombros que nunca percebeu antes. Ela pode ver a tristeza em seus próprios olhos, a rigidez de sua postura. Essas observações são convites para uma exploração mais profunda. O que essa tensão está tentando me dizer? De onde vem essa tristeza? Por que estou tão rígida?


Através desse processo, podemos começar a ressignificar essas memórias, desconstruindo a fidelidade cega à nossa história de dor. Muitas vezes, somos fiéis a uma narrativa que nos foi imposta – seja por nossa família, pela sociedade ou por nós mesmos. Acreditamos que somos de uma determinada maneira porque fomos condicionados a acreditar nisso. Mas essa narrativa pode ser desconstruída. Podemos escolher contar uma nova história sobre quem somos, uma história que incorpora nossas cicatrizes, mas que não é definida por elas.


Trabalhar a autoimagem dentro da fotografia terapêutica nos oferece um caminho para a autoaceitação. Nos ajuda a entender que as marcas que carregamos não definem quem somos, mas são partes de nossa história que podemos transformar. É um processo de olhar para dentro, de confrontar nossas verdades internas e de nos permitir sentir o que realmente sentimos, em vez de nos escondermos atrás de máscaras e defesas.


Espero que essa reflexão sobre a revolta do corpo tenha tocado em pontos profundos e oferecido novos insights sobre como nossos traumas passados se manifestam fisicamente. Se você deseja explorar mais sobre esse tema e aprender como a fotografia terapêutica pode ser uma ponte para a autoaceitação e o entendimento, acompanhe meus conteúdos e participe das nossas próximas sessões. Deixe seu comentário abaixo sobre o que achou deste tema e compartilhe suas experiências. Juntos, podemos construir um caminho de cura e autoconhecimento.





Até a próxima!

Posts recentes

Ver tudo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
bottom of page